Startup Landscape: Entretenimento 2025

O setor de entretenimento e content economy vive um momento de intensa transformação no Brasil. Com o avanço da inteligência artificial, o fortalecimento da creator economy e a expansão do consumo digital, startups estão redesenhando as formas de criar, distribuir e monetizar conteúdo no país.

O novo mapeamento realizado pela Startup Scanner, em parceria com o Rio2C, revela um cenário vibrante: 527 startups ativas mapeadas até abril de 2025, organizadas em categorias como gestão de eventos, streaming, produção de conteúdo, realidade aumentada e ferramentas para criadores.

Entre os destaques, estão:

• Alta adoção de tecnologias inteligentes: 146 startups afirmam utilizar inteligência artificial, com aplicações que vão desde recomendações personalizadas e moderação de conteúdo até tradução automática e personagens virtuais;

• Força do B2B: 63% das startups atuam com foco em empresas, sobretudo nas áreas de gestão de campanhas de influência, análise de comportamento do consumidor e marketing digital;

• Crescimento consistente: o número de startups ativas mais do que dobrou entre 2020 e 2025, especialmente nas categorias de gestão de eventos e produção de conteúdo;

• Investimentos concentrados: só em 2024, 77% dos aportes em startups de entretenimento foram direcionados à categoria de gestão de eventos, enquanto 69% do capital em content economy foi para gestão de campanhas de influência.

Segundo Rafael Lazarini, CEO e fundador do Rio2C, o Brasil possui uma combinação única para alavancar essa nova economia: “Criatividade abundante, cultura digital hiperconectada e um público altamente engajado. Temos potencial para formar campeãs globais se superarmos os desafios de capital, monetização e infraestrutura”.

A IA generativa, em especial, aparece como vetor central desta mudança. Ela não substitui o humano, mas expande possibilidades criativas, acelera processos e ajuda a escalar a originalidade – desde que usada como aliada da autenticidade e não como atalho.

O relatório ainda aponta um movimento de descentralização criativa, onde ferramentas baseadas em IA empoderam criadores independentes, gerando um novo ciclo de inovação mais diverso e inclusivo.

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