Não parece exagero afirmar que, ao longo dos últimos anos, temos vivido uma verdadeira disrupção quando pensamos na indústria alimentícia, seja por meio do surgimento de novos alimentos e pesquisas que desenham as tendências da alimentação do futuro; seja pelo reposicionamento de marcas e incentivo a novos modelos de consumo; os quais, por sua vez, atendem às demandas de uma sociedade que, de modo cada vez mais incisivo, se preocupa com o que come.
E tal preocupação, além da saudabilidade, leva também em conta questões que envolvem desde ética à transparência de origem, passando pelo respeito à vida animal, sustentabilidade e, claro, a qualidade daquilo que é oferecido à mesa. Não é por acaso, portanto, que vemos, por exemplo, o aumento expressivo do consumo de alimentos orgânicos ou o crescimento da busca por alimentos saudáveis, com o Brasil ocupando a 4º posição no ranking da Euromonitor que mede a venda destes itens no mundo.
É dentro de todo este contexto de transformação que vemos se consolidar, no Brasil e no mundo, a indústria de alimentos plant-based (à base de plantas) que oferece uma alternativa para as proteínas de origem animal e atrai, hoje, não só adeptos de dietas veganas ou vegetarianas, mas consumidores preocupados com questões como as que listamos acima.
Tendo movimentado mais de US$ 10 bilhões globalmente em 2020 e com perspectivas para um crescimento médio de 7,1% ao longo dos próximos 5 anos, o mercado plant-based tem sido um dos tópicos mais discutidos da indústria alimentícia quando analisamos as inovações capazes de criar novos paradigmas para este segmento e para a própria sociedade.
Mas o que o futuro reserva para este mercado? Estamos diante de uma inovação capaz de se democratizar e contribuir, inclusive, para o surgimento de novos hábitos alimentares na população como um todo?