Inovações que transformam a logística: automação, sustentabilidade e o futuro da cadeia de suprimentos em 2024.
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A logística, como um dos pilares fundamentais da economia global, enfrenta um cenário de transformação sem precedentes, impulsionado pela inovação tecnológica e pela crescente demanda por práticas sustentáveis.
De soluções de automação e inteligência artificial à adoção de modelos verdes, o setor está continuamente buscando novas formas de atender ao mercado com eficiência e responsabilidade ambiental.
Em um ambiente marcado pela digitalização acelerada, pela escassez de mão de obra qualificada e pelo impacto ambiental significativo, a logística emerge não apenas como uma área essencial para o fluxo de bens e insumos, mas também como um espaço fértil para o desenvolvimento de novas tecnologias que podem redefinir suas operações.
Este artigo explora as principais tendências e desafios da logística em 2024, oferecendo um panorama sobre a crescente importância da automação, a expansão dos veículos autônomos, a consolidação da logística verde e o papel crucial das startups na modernização do setor.
A automação desponta como solução estratégica para o setor logístico. Segundo a consultoria Mordor Intelligence, os investimentos em automação logística devem superar US$ 120 bilhões nos próximos anos, crescendo cerca de 10% ao ano.
Esse movimento é impulsionado por tecnologias como IoT e centros de distribuição automatizados, que permitem maior eficiência e controle operacional. Uma das grandes promessas são os veículos autônomos, cuja adoção está em expansão global.
Projeções indicam que o mercado de veículos autônomos deve atingir US$ 668 bilhões até 2030, impulsionado pela inteligência artificial, sensores avançados e conectividade.
Esses veículos, além de reduzirem custos, respondem à escassez de motoristas qualificados—a Confederação Nacional do Transporte estimou um déficit de 50 mil motoristas em 2023.
A sustentabilidade é uma necessidade estratégica para a logística. O setor de transportes, por exemplo, foi responsável por um aumento de 53% nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 2023, segundo o Net Zero Readiness Report.
Nesse contexto, a logística verde — que busca reduzir o impacto ambiental por meio da adoção de práticas sustentáveis e novas tecnologias — vem ganhando destaque.
Entre as iniciativas que promovem uma logística mais sustentável estão os veículos elétricos (VEs), a logística reversa e o uso de rotas otimizadas.
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a venda de carros elétricos cresceu 146% no primeiro semestre de 2024, indicando o potencial dos VEs para a redução de emissões.
Além disso, iniciativas como o programa Mobilidade Verde e Inovação, que oferece incentivos fiscais para empresas que utilizam veículos sustentáveis, ajudam a viabilizar essa transição.
A logística reversa também desempenha um papel crucial no setor, possibilitando que materiais sejam reutilizados ou reciclados, contribuindo para a economia circular e reduzindo o impacto ambiental.
No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios nesse campo: apenas 4% dos resíduos são reciclados no país, de acordo com um estudo sobre resíduos sólidos de 2022. Contudo, globalmente, a logística reversa tem ganhado força, com investimentos que devem superar US$ 947 bilhões até 2032.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil tem incentivado a adoção desse modelo, mas ainda enfrenta desafios culturais e estruturais para sua plena implementação.
A inovação tecnológica não se restringe à automação e sustentabilidade. A visão da logística 5.0 coloca a inteligência artificial, a realidade aumentada (RA) e a videotelemetria no centro do processo logístico, ampliando a capacidade de predição e análise em tempo real.
A logística em tempo real é praticamente uma exigência competitiva, uma vez que o monitoramento constante de frotas e motoristas, realizado por meio de sensores e câmeras, melhora a segurança e reduz os custos operacionais.
Além disso, a videotelemetria, tecnologia em crescimento, permite o monitoramento detalhado das condições dos veículos e do comportamento dos motoristas, prevenindo acidentes e reduzindo o consumo de combustível.
A inteligência artificial também revoluciona a logística, permitindo a previsão de demanda e a otimização de rotas e estoques.
Segundo um estudo da McKinsey, a IA aplicada ao gerenciamento da cadeia de suprimentos pode reduzir custos logísticos em até 15%.
Já a realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV) vêm se tornando importantes ferramentas na logística, otimizando o gerenciamento de armazéns e o treinamento de colaboradores.
Essas tecnologias oferecem uma experiência de treinamento segura e realista, melhorando a eficiência e reduzindo riscos.
As startups desempenham um papel essencial na transformação logística. Segundo dados da Liga Ventures, as logtechs brasileiras receberam R$ 1,3 bilhões em investimentos entre janeiro de 2023 e maio de 2024.
Essas empresas estão na vanguarda da automação de processos logísticos, da sustentabilidade e da digitalização, fornecendo soluções que atendem às necessidades do mercado.
Com o aumento das demandas de e-commerce e a necessidade de soluções mais eficientes e sustentáveis, as logtechs representam uma via promissora para a inovação logística no Brasil e no mundo.
A revolução na logística é um processo contínuo e de múltiplas camadas, que envolve a automação, a sustentabilidade e a inovação tecnológica.
Desde veículos autônomos até tecnologias de logística 5.0, o setor se transforma para atender a um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.
As empresas que investem em inovação, apoiadas por startups e incentivos governamentais, estão melhor posicionadas para superar desafios e aproveitar as oportunidades de um setor em constante evolução.
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