Desenvolvedor de sistemas por formação, Jacson Fressato é exemplo de um pai que transformou a dor da perda de um filho em uma ideia que já salvou dezenas de vidas. Após o falecimento de sua filha Laura, em 2010, por sepse, Fressato começou a pensar em formas de reduzir os números de mortalidade da doença — que, anualmente, atinge cerca de 11 milhões de pessoas no mundo.
Quatro anos depois, surge o robô cognitivo gerenciador de riscos. “Num primeiro momento, a intenção era garantir que os processos intra hospitalares tivessem suporte tecnológico suficiente para serem realizados a tempo”, explica Felipe Loratelli, CPO da healthtech Laura, nome dado em homenagem à menina. “Mas a imersão no mundo da gestão do cuidado, qualidade e segurança dos pacientes mostrou que a gama de oportunidades de melhoria era muito maior do que o Jac imaginava.”
Hoje, a startup conta com duas soluções que possuem um leque de recursos disponíveis: a Laura Inteligência Clínica e a Laura Care – desenvolvidas com o auxílio de Cristian Rocha, especialista em inteligência artificial, e Hugo Morales, médico infectologista. Por meio de modelos avançados de machine learning e análise de dados, as ferramentas atuam como assistente digitais, facilitando o dia a dia dos profissionais de saúde e otimizando a gestão do cuidado ao longo de toda a jornada do paciente.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Mães de Deus, Unimed Grande Florianópolis e a Prefeitura de Curitiba são algumas das 50 instituições que utilizam os serviços da Laura. Além da variedade de clientes, a startup cresceu 150% de 2020 para 2021.
Para Locatelli, os resultados refletem a missão que a healthtech se propôs a cumprir desde o dia de sua fundação: democratizar o acesso à saúde por meio da tecnologia para ajudar a salvar vidas.