A startup possibilita que os colaboradores aprendam a partir de simulações de ambientes de trabalho, o que torna o aprendizado mais divertido, eficiente e economicamente viável
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Ao unir conhecimento e jogos, a Kludo disponibiliza ao mercado uma solução que otimiza o tempo e o custo com treinamentos. Sua tecnologia é baseada no The Sims, uma série de jogos eletrônicos famosa por criar simulações da vida real. A ideia parte do mesmo princípio, só que, neste caso, o software foi feito para possibilitar que empresas criem cenários representativos de negócio e disponibilizem experiências imersivas com situações reais do ambiente de trabalho.
Deste modo, por meio da gamificação, os colaboradores conseguem consumir o conteúdo proposto de maneira divertida e interativa. “Nossa proposta é recriar qualquer atividade da vida real e colocar um elemento de game para trazer um resultado melhor”, diz o fundador Daniel Sgambatti.
A plataforma é uma ferramenta de autoria, na qual o próprio cliente pode produzir o conteúdo em vídeo, texto, diálogos entre personagens e imagem, para disponibilizar aos seus colaboradores. “Tudo isso é metrificado. As interações são registradas e disponibilizadas em dashboard”, diz Sgambatti. Com estes dados, a gestão consegue acompanhar o desenvolvimento da equipe e mensurar a absorção do conteúdo aplicado. “Gostamos de falar que entregamos ROI de treinamento”, complementa.
De acordo com Sgambatti, a ferramenta reduziu o tempo de treinamento em 30% com mais de 10% de retenção de conteúdo por parte dos operadores de uma empresa de telemarketing. “Oferecer uma solução como a nossa é mais legal e gera mais retorno que nos modelos que usam powerpoint ou um arquivo em PDF”, diz.
Basicamente, é criado um ambiente dedicado à empresa, que pode ser acessado via mobile por aplicativos disponíveis para iOS e Android. Após o login, a pessoa cria seu próprio avatar, personalizando a fisionomia, cabelo, rosto, roupas. Algumas funções estão bloqueadas e, para desbloquear, é preciso ir avançando nos conteúdos.
“Disponibilizamos um ranking e a empresa pode promover uma competição saudável para os colaboradores. Além disso, esses pontos também podem ser trocados por coisas na loja dentro da plataforma. Assim, a empresa pode oferecer produtos ou outros benefícios”, diz Sgambatti.
Com a plataforma da Kludo, é possível aplicar treinamentos sobre vendas, processos, onboarding, entre outras especializações. Isso porque é possível criar diversos cenários. “A pessoa pode começar em casa, ir para rua, para o escritório, mercado, farmácia e, enquanto faz este trajeto, diversos desafios aparecem, como questões de lançamento de produtos, negociação e estratégias de vendas.”
Segundo o fundador, essa ambientação variada gera mais engajamento e interatividade, o que também é reforçado pela forma com que o conteúdo é entregue. As informações e conhecimentos podem ser organizados de modo que sejam consumidos inteiramente ou em pílulas diárias, semanais, mensais.
Um exemplo desse alto engajamento vem do case da Mercedes, que aplica a ferramenta para o onboarding dos colaboradores. “Com a nossa solução, a empresa teve um índice de engajamento de 97% relativo a quantidade de pessoas que acessaram a plataforma para consumir o conteúdo. A taxa de satisfação foi maior que 95%. Estou falando em uma base de mil e poucas pessoas”, diz.
A empresa contratante é da área da saúde e foi fundada em 1979. Sua rede oferece planos de saúde, hospitais próprios, centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, prontos atendimentos e clínicas.
Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a empresa precisava treinar toda a sua rede no prazo estabelecido pelo estado.
Segundo Daniel Sgambatti, o treinamento começou em fevereiro de 2021. Este conteúdo da temática de LGPD, em especial, foi produzido pela startup junto a um escritório de advocacia.
O projeto foi iniciado pelo call center, no qual possui quase duas mil pessoas. “Estamos colhendo um resultado muito satisfatório no quesito do engajamento. As pessoas estão consumindo muito conteúdo de maneira recorrente”, diz Sgambatti.
Ele explica que de semana a semana são disponibilizados novos conteúdos que são acessados somente em dias específicos. “A estratégia é treiná-los nos dias em que o volume de atendimento é menor. Além disso, há também uma quantidade máxima de atividades que podem fazer por dia para não impactar no trabalho técnico”, explica.
Os indicadores chave de performance (KPI) escolhidos foram: completude de atividades, quantidade de acesso, a evolução e o aprendizado. “Até agora, a receptividade da empresa para treinar seus colaboradores usando a gamificação tem sido boa”, adiciona Sgambatti.
Com seu avatar, a pessoa faz escolhas, toma decisões, interage com colegas. A intenção é deixarmos mais próximo da realidade para facilitar o aprendizado. A gamificação faz parte da metodologia sociocognitiva, por isso, criamos uma simulação da vida de acordo com a demanda de treinamento. A melhor maneira de aprender é fazendo.
Daniel Sgambatti, fundador da Kludo
Segundo Sgambatti, a evolução dos colaboradores é perceptível quando olha para a curva de aprendizado. “As pessoas aprendem de maneira mais rápida e ficam menos tempo expostas ao treinamento em formato de jogo do que em um treinamento presencial”, diz.
Além disso, a solução tira de cena a disponibilidade de um treinador e a locomoção da equipe, que em muitos casos se faz necessária. Com isso, é possível reduzir os gastos em até 50%.
“Reduzimos o custo do treinamento com a retenção de conteúdo e a possibilidade de aplicar para grupos maiores sem precisar mobilizar um salão, treinador, como já mencionamos. Além de poder aplicar várias vezes, como é o caso de onboarding e processos”, diz.