Confira os aportes e aquisições entre as startups do agronegócio na américa latina.
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As agtechs, ou startups voltadas para o agronegócio, desempenham um papel crucial na transformação do setor agrícola.
Com o uso de tecnologia e inovação, essas empresas têm promovido avanços significativos em produtividade, sustentabilidade e eficiência no campo.
Desde soluções para monitoramento de culturas até tecnologias para nutrição de plantas e gestão de recursos hídricos, as agtechs ajudam a enfrentar os desafios globais de segurança alimentar e preservação ambiental.
Com a crescente demanda por práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis, as agtechs ganharam destaque como protagonistas na modernização do agronegócio, especialmente na América Latina, onde o setor é um pilar econômico.
O Brasil, em particular, é um mercado central, tanto em termos de produção agrícola quanto de inovação tecnológica, o que o coloca como um dos principais polos de desenvolvimento para as agtechs.
Neste artigo vamos trazer alguns dos insights do mapeamento “Investment and M&A: Agtechs 2024”, feito em parceria com a Bunge e com dados do Startup Scanner.
Em 2024, o mercado de agtechs continua a atrair um volume significativo de investimentos, mantendo um patamar superior ao observado no período pré-pandemia.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o setor registrou uma leve queda de 16% em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando aproximadamente R$ 955 milhões captados até o terceiro trimestre.
Mesmo com essa ligeira queda, há uma expectativa de recuperação no último trimestre, com a possibilidade de um crescimento moderado em relação ao ano anterior, caso a média de investimentos se mantenha estável.
Os investimentos em agtechs foram majoritariamente direcionados para rodadas a partir de Series A, responsáveis por 88% do valor total investido até agora em 2024.
Esse dado demonstra um interesse crescente dos investidores em startups que já passaram pela fase inicial de validação e agora buscam escalar suas operações.
As rodadas de Series A, que correspondem a 45% dos deals realizados, se destacam pelo alto valor médio, evidenciando que há uma forte aposta em startups mais maduras e com maior potencial de crescimento.
O Brasil continua a ser o principal destino dos investimentos em agtechs na América Latina, absorvendo cerca de 73% do montante total captado na região em 2024.
Esse volume reflete a relevância do agronegócio brasileiro, que se posiciona como um dos maiores produtores agrícolas do mundo e, consequentemente, como um dos mercados mais atrativos para a inovação tecnológica.
O país se beneficia não apenas de sua vasta extensão territorial e diversidade climática, mas também de um ecossistema de inovação robusto, que conecta startups, investidores e grandes empresas do setor.
A categoria de nutrição de plantas se destacou como a que mais captou recursos em 2024, impulsionada por uma rodada significativa realizada pela startup Agrion.
Essa rodada foi a única no ano a ultrapassar a marca dos R$ 100 milhões, destacando-se como um “big round” e evidenciando o potencial dessa vertical específica para transformar a forma como os recursos são utilizados no campo.
Outros segmentos importantes que também atraíram investimentos expressivos foram o de monitoramento agrícola, soluções de irrigação inteligente e biotecnologia aplicada à produção agrícola.
Ao analisar o perfil dos investimentos em agtechs em 2024, é possível observar uma tendência de diversificação nas rodadas.
De janeiro a setembro deste ano, as rodadas mid-stage e late-stage (Series B em diante) superaram o número registrado no mesmo período de 2023. No entanto, mesmo com um maior volume de deals, o ticket médio dessas rodadas foi menor em comparação ao ano passado, o que indica um movimento mais cauteloso por parte dos investidores em alocar recursos em estágios mais avançados.
Por outro lado, as rodadas de early-stage (pre-Series A) mostraram uma dinâmica oposta. Embora tenha havido menos deals, o ticket médio dessas rodadas foi maior, sugerindo que há um interesse crescente em startups que, mesmo em estágio inicial, demonstram um alto potencial de escalabilidade e inovação.
Esse comportamento reflete uma estratégia dos investidores em apostar em novas tecnologias e soluções disruptivas que podem moldar o futuro do agronegócio.
O cenário de fusões e aquisições (M&A) de agtechs ainda é incipiente se comparado ao volume de investimentos de venture capital, mas começa a ganhar força.
De 2018 a 2024, diversas categorias se destacaram em termos de aquisições, como VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) e geoprocessamento, serviços financeiros voltados ao agronegócio, proteínas e bebidas alternativas, além de nutrição de plantas.
A pulverização de aquisições em diferentes áreas evidencia a diversidade de soluções oferecidas pelas agtechs e o interesse de empresas maiores em incorporar essas inovações para fortalecer seus portfólios.
A diversificação das categorias com maior número de aquisições reflete a estratégia de consolidação no setor, em que grandes players buscam adquirir startups que oferecem tecnologias complementares para expandir suas capacidades e aumentar sua competitividade.
Com a crescente demanda por soluções mais avançadas e integradas, há uma expectativa de que o mercado de M&As continue a se expandir nos próximos anos, consolidando as agtechs que se destacam no desenvolvimento de tecnologias de ponta para o agronegócio.
O mercado de agtechs em 2024 mostra-se promissor, com uma tendência de crescimento nos investimentos e um aumento gradativo nas operações de M&A.
As expectativas para o setor são positivas, especialmente no Brasil, onde o agronegócio é um pilar econômico fundamental.
Startups que atuam com tecnologias voltadas para a sustentabilidade e a otimização de processos produtivos estão em uma posição estratégica para capturar uma fatia significativa dos recursos disponíveis.
Com a intensificação do uso de inteligência artificial, automação e biotecnologia, as agtechs têm potencial para revolucionar o setor, trazendo mais eficiência e redução de custos para os produtores rurais.
Além disso, a consolidação de parcerias entre grandes empresas do setor e startups inovadoras continuará a ser um fator decisivo para a evolução do ecossistema.
As agtechs são peças-chave para o futuro do agronegócio, oferecendo soluções que não apenas melhoram a produtividade, mas também ajudam a criar um setor mais sustentável e tecnologicamente avançado.
O mercado de investimentos e M&As em agtechs segue dinâmico, com grandes oportunidades para empresas e investidores que buscam inovação e crescimento.
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