Confirma uma entrevista com Tatiana Zambon, Diretora da Categoria Produtos de Consumo da Cargill, sobre como construir uma cultura centrada no cliente
por
Tatiana Zambon, Diretora da Categoria Produtos de Consumo da Cargill, foi uma das entrevistadas para o estudo Liga Insights Customer Experience, lançado em agosto de 2019. Durante a entrevista, ela comentou sobre os desafios para a construção de uma cultura centrada no cliente nas empresas.
O estudo completo está disponível para download neste link.
A Cargill é uma multinacional atuante no segmento de produção e processamento de alimentos, estando presente em 67 países e com mais de 160 mil colaboradores em todo o mundo.
Com vasta experiência na área de marketing de multinacionais atuantes no Brasil, Tatiana Zambon é graduada em Administração de Empresas pela FGV e possui MBA em Gestão na Tuck School of Business do Dartmouth College (New Hampshire – EUA). Na Cargill desde 2010, atualmente Zambon é Diretora da Categoria Produtos de Consumo.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:
Tatiana Zambon (TZ) – Trabalhar centrado nos clientes implica em ter os incentivos certos refletidos nas mensagens da liderança e também nos indicadores. No caso da Cargill, temos a intimidade com os clientes no centro de nossa estratégia, ou seja, conhecer a necessidade de cada um e buscar formas de atendê-lo de forma que possamos gerar mais valor a ele.
Uma grande dificuldade é rever sistematicamente processos e tecnologias para que contemplem modelos de atendimento para as necessidades distintas, desde a captura de insights e feedbacks até a rápida resposta e readequação às necessidades. Em um momento de transição para plataformas mais flexíveis, a complexidade aumenta, demandando ainda mais das pessoas para que estejam alinhadas e firmes no propósito de atender melhor cada cliente e reforçando a cultura da Companhia.
TZ – O momento é muito propício para a evolução tecnológica em Customer Experience. Alguns elementos estão contribuindo para acelerar esta evolução, como o surgimento de várias startups que democratizam o acesso às ferramentas; a grande presença online das pessoas e consequente amadurecimento no uso de mídias sociais e ferramentas de busca; e o surgimento de novos competidores no paradigma digital.
Vejo que alguns setores estão um pouco à frente na velocidade de adaptação, como o financeiro com entrada de fintechs; e o varejo com programas de fidelidade, e-commerces e delivery. Uma próxima onda também está acontecendo na indústria de alimentos.
TZ – Investimos bastante em pesquisas para conhecer melhor a jornada dos nossos clientes e adequar nosso portfólio para as necessidades deles. Pensando no varejo, alguns aspectos trazem inspirações valiosas para repensarmos nossa proposta de valor: como o cliente se relaciona e usa os produtos, a facilidade de escolha e a experiência de compra. Pensamos em nosso portfólio como uma plataforma que tem flexibilidade para diferentes públicos e necessidades.
Como exemplo, podemos falar do Pomarola, que tem a versão tradicional como base dos preparos de receitas; os saborizados que entregam comodidade; e a linha chef que atende a um perfil de consumidor em busca de produtos diferenciados. Esse mesmo pensamento também está presente na comunicação e na forma como nos relacionamos com os clientes. Isso é o que leva Pomarola ser a marca preferida dos consumidores.
TZ – Cada vez mais nosso consumo nos diz muito sobre nossa identidade e sobre o que apoiamos, por isso, é essencial termos liberdade e diversos canais para nos comunicar e tomar decisões sobre o que consumimos. Nesse contexto, as marcas precisam ser muito coerentes.
As marcas não podem ser mais neutras, precisam se posicionar em relação aos temas globais. O posicionamento deve ser fruto de ações em toda cadeia produtiva para ser real e consistente. Não é apenas esse aspecto que influencia a compra, mas com certeza é um dos principais aspectos que influencia a não compra e a recomendação negativa.
Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Customer Experience!