Confira a entrevista do Liga Insights com Gustavo Mançanares, especialista em Gestão de Pessoas, sobre os desafios para a implementação do People Analytics
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Gustavo Mançanares Leme, especialista em Gestão de Pessoas, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights People Analytics, lançado em outubro de 2019. Durante a entrevista, ele comentou sobre o papel dos dados no cotidiano de RH.
O estudo completo está disponível para download neste link.
Gustavo Mançanares Leme tem vasta experiência no universo de RH e gestão de pessoas, sendo, atualmente, conselheiro da Fundação Dom Cabral e Board Member do Grupo Malwee.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:
Gustavo Mançanares Leme (GL) – Acredito que os desafios do uso dessas tecnologias, em termos mercadológicos estão relacionados aos times de RHs estarem super conectados ao business, pois a utilização do People Analytics, ao meu ver, está na busca de respostas à hipóteses que cruzam dados de pessoas com “dores” dos negócios, por exemplo, poderíamos quer saber qual o perfil ideal de pessoas que estão no time comercial que elevam a margem de contribuição de um dado produto, e descobrimos que são profissionais com ”X” anos de idade, com “X” filhos, que residem a uma raio de “X” km de distância dos seus principais clientes e que estão na empresa a “X” anos. Já em relação à privacidade, deve estar na mesa das empresas o zelo pela lei de proteção de dados, assim como pela ética de qual informação deve utilizar, mesmo que permitida pela lei.
GL – Como respondi em uma pergunta anterior, independente dos contextos, é impossível pensar num RH do presente (nem digo do futuro), que não tem projetos voltados a People Analytics, este tema não é mais uma tendência, e sim uma realidade, e que apoia diretamente na agilidade e assertividade nas tomadas de decisão. Quando olhamos para as demais áreas das organizações, que na sua maioria estão conectadas com clientes e processos produtivos, elas já avançaram ou estão avançando rapidamente na utilização maior de Analytics. Com isso, a cada dia que o RH “não bebe desta fonte”, mas atrasado e com “sede” ele vai ficar.
GL – Acredito muito nesta grande onda, pois as HRTechs abraçaram “dores” de produtividade que nós RHs não estávamos conseguindo endereçar internamente e na velocidade que as organizações estão precisando, por isso elas são vitais para este processo onde os RHs estão pivotando seus papéis organizacionais.
GL – Minha sugestão para os RHs que querem (e devem) se aproximar das Startups, é que eles tenham um % das suas agendas dedicado para rotineiramente “fazer o gemba”, que significa ir ao local real, ir a campo e visitar / viver o ecossistema de startups. Que eles participem de eventos, leiam reports que tratam do tema, conversem com empreendedores / “donos” / co-founders de HRTechs, participem de pitchs e principalmente passem pelo menos 1 dia por mês em um coworking. Já para aqueles profissionais que ainda não estão olhando para essas inovações, recomendo que busquem trocar ideias profundas com influenciadores de RH (profissionais de RH, consultorias, empreendedores do setor etc), que tratam destes temas, que compartilham materiais / percepções e tendências.
Confira o estudo completo Liga Insights com o tema People Analytics!