12 de setembro de 2022 Entrevistas

André Figer, Vice-Presidente do Grupo Figer

Confira a entrevista do Liga Insights com André Figer, Vice-Presidente do Grupo Figer, sobre o papel da tecnologia no futebol

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André Figer, Vice-Presidente do Grupo Figer, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights Sports Techs, lançado em março de 2020. Durante a entrevista, ele comentou sobre o papel da tecnologia no futebol.

O estudo completo está disponível para download neste link.

O Grupo Figer atua como intermediário e representante de jogadores, treinadores e clubes de futebol, com foco em negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e de transferência de jogadores no mercado nacional e internacional.

[box type=”shadow” align=”alignleft” class=”” width=”FULL”]André Figer possui ampla experiência no mercado do futebol e de startups. Desde 1990 é Vice-Presidente do Grupo Figer. O executivo é graduado em administração pela FGV, com especializações em marketing e gestão de negócios familiares pela mesma instituição. [/box]

[highlight color=”pink”]Confira a seguir a entrevista na íntegra:[/highlight]

 

Liga Insights (LI) – Como vocês enxergam a evolução tecnológica no universo do futebol brasileiro? 

André Figer (AD) – Como estamos há 50 anos no mercado, nós acompanhamos todo o desenvolvimento tecnológico do futebol brasileiro nas últimas décadas. Hoje, agenciamos cerca de 70 jogadores no Grupo Figer e, ao invés de mandar DVDs, links para os clubes, na hora de oferecer um jogador, os direcionamos para acessar as bases de startups como a iSPORTiSTiCS, por exemplo, que utilizam IA para analisar os principais campeonatos do mundo, selecionar momentos importantes e gerar estatísticas da carreira de um jogador.

LI – Em termos comparativos, como você encara a abertura dos clubes brasileiros para inovação em comparação com os times de outras grandes ligas de futebol?

AD – Posso citar como exemplo a liga de futebol dos EUA. Apesar de ser um campeonato novo – na comparação com outros países de maior tradição – estamos falando de uma liga mais profissional, com fortes investimentos em tecnologia. Na Europa, este universo é heterogêneo. Temos alguns clubes ainda como uma gestão mais arcaica, mas também muitos clubes com lideranças profissionalizadas e investimentos fortes em tecnologia, como na Premier League e na Alemanha. No Brasil, já temos alguns clubes se atentando a isso – o Atlético Paranaense tem um centro de treinamento avançado, o Corinthians tem uma parte bem focada em inovação, enfim, temos exemplos interessantes também no Brasil. 

LI – No âmbito da performance, quais as principais contribuições que as novas tecnologias podem trazer para os atletas, na sua visão?

AD – A tecnologia está avançando muito no campo do desempenho de atletas. A questão da lesão é um caso. Antigamente, o atleta se lesionava e tinha de ficar 6 meses no departamento médico. Hoje, com novos tratamentos de células-tronco, não-invasivos e suplementação, apenas para citar um exemplo, você consegue que o atleta se recupere em 1 mês ou até menos. 

LI – Qual o caminho para as startups conseguirem encontrar oportunidades com os clubes?

AD – Hoje, a maior dificuldade é a constituição – na maioria das vezes – amadora dos clubes. O gargalo é gestão. Se o dirigente não tem uma visão somente de curto-prazo, contratando jogadores apenas para ‘jogar para a torcida’, temos um caminho. Da parte das startups, ainda estamos em uma curva de aprendizado. A partir do momento em que tivermos soluções maduras, os clubes com poder de investimento e mentalidade inovadora, poderão abraçar mais o mercado local e adotar startups do país como parceiras.

LI – E como a tecnologia pode contribuir na busca por novos modelos de negócios no esporte?

AD – Um exemplo, da nossa realidade, é que uma das atividades do grupo é a preparação de jogos amistosos. Antigamente, batíamos na porta de canais abertos para transmissão. Hoje é totalmente diferente. Temos plataformas como a DAZN, Torcedores, até o Google, Facebook e Youtube, que podem transmitir esses jogos e vir a se tornar o Netflix do esporte. Acompanhamos o mercado de streaming com atenção, visando tanto a construção de novas linhas de receita, quanto o atendimento de nossas demandas.

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Sports Techs!

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