12 de setembro de 2022 Entrevistas

Alexandre Garcia, CEO do CEL.LEP

Confira entrevista do Liga Insights com Alexandre Garcia, CEO do CEL.LEP, sobre o papel da educação na formação do profissional do futuro

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Alexandre Garcia, CEO do CEL.LEP, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights EdTechs, lançado em junho de 2019. Durante a entrevista, ele falou sobre o papel da educação na formação de profissionais para o mercado de trabalho do futuro e sobre a relação da empresa com o mercado de startups.

O estudo completo está disponível para download neste link.

Fundado no fim da década de 1960, o CEL.LEP é um dos institutos de idiomas mais tradicionais do país. Em 2017, o grupo adquiriu a MADCODE e, desde então, oferece também cursos de programação focado na difusão de soft skills entre os estudantes. A escola mantém ainda cursos no modelo In Company e conta, atualmente, com mais de 80 unidades próprias.

Alexandre Garcia é graduado em Contabilidade (Universidade de Santo Amaro) e Economia (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), possuindo ainda MBA em Finanças pelo IBMEC e PMD em Gestão pela Universidade de Navarra. Com vasta atuação na área financeira de grandes companhias brasileiras e multinacionais, Garcia é, desde 2017, CEO do CEL.LEP.

Confira a seguir a entrevista na íntegra:

Liga Insights (LI) – Em um contexto de transformação digital, na sua visão, quais serão as habilidades exigidas pelo mercado do futuro e como as escolas devem preparar os alunos para um ambiente cada vez mais tecnológico?

Alexandre Garcia (AG) – Quando pensamos em novas habilidades, temos de ter em mente que a transformação digital se inicia com a transformação das pessoas. Partindo desta conscientização, acredito que as habilidades essenciais para estes tempos de mudança envolvem criatividade – temos de buscar o olhar que tínhamos quando crianças, a curiosidade e a motivação para pensar fora da caixa -, a busca de novas soluções para diferentes problemas, o trabalho em equipe e compartilhado.     

LI – Como você enxerga o mercado de EdTechs e de que forma elas podem contribuir para a maturidade tecnológica na educação brasileira?

AG – As EdTechs são fundamentais para a criação de um ambiente com maior acessibilidade à tecnologia por meio da educação. Sendo assim, os grandes empresários e grandes líderes devem incentivar, capitalizar e dar espaço dentro das organizações para as EdTechs que propõem iniciativas disruptivas e que podem contribuir para a sociedade brasileira. 

LI – O CEL.LEP mantém parcerias com startups ou empresas de tecnologias para a educação?

AG – Nós podemos dividir nossa rede de parceiros em dois grandes blocos: as grandes empresas e as startups. No bloco das grandes empresas, nós temos duas parcerias estratégicas com Apple e Facebook. Com a Apple nós trazemos, como um produto para a grade extracurricular de escolas, o curso de Programação Everyone Can Code (ECC). A segunda parceria com o Facebook tem o intuito de levar a ideia da inovação e da tecnologia para comunidades carentes. No bloco das startups, eu gostaria de citar também 2 parcerias estratégicas para o CEL.LEP. A primeira é a Greenk, que trabalha com a reciclagem de equipamentos eletrônicos. A segunda startup é a Flex Interativa, e a parceria tem como intuito prover dentro dos nossos cursos e da nossa metodologia pedagógica Realidade Aumentada, Realidade Virtual e Inteligência Artificial.

LI – Quais as ações do CEL.LEP em prol da digitalização?

AG – O papel das escolas hoje, na minha visão, é disponibilizar um ambiente em que os estudantes possam acessar os seus sensos de criatividade, empreendedorismo e inovação no rito de aprendizagem. Isso vale também para o aprendizado de um novo idioma. Atualmente, nós estamos implementando iPads nas salas de aula e 50% de nossos cursos é ministrado em laboratórios digitais interativos nos quais os alunos, individualmente, sedimentam o conhecimento após a aula expositiva e, em módulos mais avançados, realizam exercícios e estudos prévios para se prepararem para as aulas.  

LI – Como o país pode melhorar seus níveis de ensino e se tornar mais aberto para a inovação?

AG – O grande desafio no Brasil consiste em quebrar o rito tradicional do ensino nas escolas do país. O modelo de educação brasileiro ainda se pauta por uma visão muito tradicionalista. O próprio ambiente – lousa, tablado, o professor em uma posição superior à dos alunos – deve ser transformado. Devemos criar espaços que, ao invés de tolher, estimulem a criatividade, a cooperação e a autonomia entre os alunos.

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema EdTechs!

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