14 de maio de 2024 Artigos

O Que é Disrupção Tecnológica e Qual o seu Impacto no Mercado?

Conheça este importante conceito e sua diferença com outros modelos e processos de inovação.

por

 

Disrupção tecnológica. Quando acompanhamos os debates no universo da inovação ou mesmo análises da grande mídia, é possível afirmar que poucos termos foram tão difundidos no mercado em tempos recentes.

Mas, nesse debate, é muito comum que o conceito de disrupção seja confundido com outras “buzzwords”,em um cenário econômico digitalizado que rapidamente se transforma.

Você, por exemplo, saberia definir em poucas palavras o que é disrupção? Se ainda tem dúvidas, não se preocupe!

Em nosso novo artigo, analisamos este importante conceito, suas semelhanças e diferenças com outros processos de inovação e quais benefícios ele traz para a sociedade.

Entendê-lo neste momento de avanço da transformação digital do mercado pode ser fundamental. 

Sobre esse ponto, um estudo da Deloitte de 2020 apontou que para 87% das lideranças, o processo de digitalização em curso na economia irá gerar disrupções em suas indústrias.

E o Brasil também tem acelerado o passado nessa corrida tecnológica. 

Só em 2021, a FGV constatou que a transformação digital avançou o equivalente a quatro anos no Brasil.

Dentro de uma perspectiva global, são esperados que os investimentos em digitalização cresçam, em média, 27,6% ao ano até 2030, segundo a Grand View Research.

Assim, é bem provável que novas ondas de disrupção tecnológica surjam no mercado nos próximos anos. 

Se manter informado é um bom caminho para quem deseja se preparar – e eventualmente liderar – tais mudanças!

Afinal, o que é disrupção tecnológica?

De modo objetivo, a disrupção tecnológica ou digital consiste no surgimento de novos produtos/ferramentas/soluções que mudam a lógica de um mercado.

Não se trata, nesse sentido, de uma simples inovação ou tecnologia que surge para competir com seus diferenciais junto a outros produtos. 

O impacto de uma inovação disruptiva é tão grande que ela, literalmente, desestrutura seus concorrentes e, eventualmente os torna obsoletos.

Nesse movimento, todo um novo mercado é criado, já que a inovação disruptiva passa a ditar os rumos do segmento em que se inseriu e, via de regra, inspirando o surgimento de novas soluções.

Quanto aos concorrentes antigos, eles precisam se adaptar rapidamente ou desenhar novas rotas para se manterem relevantes no mercado.

Um exemplo muito claro e bastante utilizado para se ilustrar o potencial da disrupção tecnológica é o da Netflix, que não só liderou o boom inicial do mercado de streaming – hoje avaliado em mais de US$ 550 bilhões –, mas praticamente inviabilizou a existências das videolocadoras (você ainda lembra delas?) e impulsionou o surgimento de outras tantas plataformas.

Conceitualmente, o termo disrupção foi utilizado pela primeira vez pelo professor de Harvard, Clayton Christensen, que se inspirou na ideia de “destruição criativa”, do economista Joseph Schumpeter.  

Diferença entre disrupção e outros tipos de inovação

Como você pode perceber, toda disrupção está relacionada com uma inovação (na maioria das vezes tecnológica), mas nem toda inovação é disruptiva.

E isso porque há diferentes processos e modelos de inovação que podem ser implementados nas empresas.

Em breve, lançaremos um artigo específico sobre este tema, mas para lhe dar uma palhinha, temos, por exemplo, a inovação incremental, que consiste na melhoria de um produto/serviço ou processo.

Temos também modelos a partir dos quais a inovação é implementada em uma empresa, como a inovação aberta (parceria entre empresas e startups) ou a partir de núcleos de P&D.

Exemplos de tecnologias disruptivas

Para ficar mais claro, vamos dar mais alguns exemplos de soluções disruptivas e de tendências tecnológicas que podem pavimentar o caminho para novas disrupções. 

5 soluções disruptivas

No âmbito das soluções disruptivas, temos, nesse sentido, exemplos já clássicos no mercado, como:

      • Netflix – que, como vimos, mudou a lógica do consumo de entretenimento em vídeo e iniciou o boom do streaming;

      • Uber – que alterou profundamente os parâmetros do transporte urbano nas grandes cidades;

      • Nubank – um dos exemplos de maior sucesso no mercado de fintechs global e que abriu caminho para novas formas de relacionamento com instituições financeiras;

      • Apps de mensageria como o WhatsApp – que transformaram a lógica da comunicação na sociedade;

      • Spotify – no esteio da Netflix, o Spotify alterou os parâmetros da indústria fonográfica.

     

    Macrotendências

    Por sua vez, há todo um campo de tendências nas quais se espera que novas ondas de disrupção tecnológica surjam nos próximos anos:

        • Inteligência Artificial – sobretudo no campo da IA Generativa, já vemos transformações importantes em diferentes mercados e na forma como trabalhamos, pesquisamos e utilizamos a internet;

        • Cloud Computing – junto da inteligência artificial, a Statista lista o Cloud Computing como um das bases do mercado em que ainda devemos ver surgir novas disrupções na sociedade;

        • Blockchain – dentro da busca por mais segurança e transparência em um mercado já vastamente digitalizado, uma das apostas é que o blockchain veja avanços disruptivos mais significativos nos próximos anos. Nos próximos três anos, a Markets and Markets projeta um crescimento anual de mais de 67% nessa tendência em todo o mundo. 

       

      Conclusão: benefícios e impactos da inovação disruptiva no mercado

      Como foi possível notar, a disrupção tecnológica gera muitos impactos no mercado.

      Em uma ponta, empresas – muitas vezes já tradicionais e consolidadas – precisam buscar caminhos para que não se tornem obsoletas dentro do processo de “destruição criativa” da disrupção digital.

      Isso significa que sua empresa precisa, necessariamente, investir em processos disruptivos? 

      Não obrigatoriamente, mas se manter antenado e inovar – por meio, por exemplo, de etapas incrementais e melhoria de processos – é praticamente mandatório dentro da corrida pela digitalização.

      Finalmente, para a sociedade e consumidores, a disrupção tecnológica traz muitos benefícios, incluindo:

          • Superação de dores/necessidades parcialmente ou não anteriormente atendidas pelo mercado;

          • Maior foco na experiência dos consumidores;

          • Melhoria em escala de um segmento como um todo, uma vez que os concorrentes buscam também inovar para continuarem relevantes;

          • Potencial redução de custos na oferta de produtos e serviços;

          • Surgimento de novas soluções, entrantes e criação de novos mercados a partir de uma inovação disruptiva.

        Viu só como a disrupção tecnológica tem um potencial profundo de mudança? Para se manter ligado em outros tópicos importantes do universo da inovação, siga acompanhando os insights da Liga e até a próxima!