24 de abril de 2024 Artigos

O que é design thinking? Conheça as 5 etapas fundamentais

Explore o conceito de design thinking e sua abordagem inovadora!

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Nos últimos anos, o design thinking tem sido uma das bases para o desenvolvimento de soluções e um farol indicando caminhos de como inovar no mercado.

Estamos falando de uma abordagem inovadora que visa resolver problemas complexos de forma criativa e centrada no usuário. 

Embora tenha suas raízes na área de design, a metodologia transcendeu as fronteiras disciplinares e tornou-se um modelo amplamente aplicado em diversos segmentos, desde a própria tecnologia até a saúde, passando pela educação e gestão de negócios.

Com a crescente complexidade dos desafios enfrentados pelas empresas no cenário global, o design thinking emergiu como uma ferramenta indispensável. 

Uma pesquisa da McKinsey mostrou que empresas que costumam seguir práticas de design thinking têm 56% mais ganhos que aquelas que não aderiram à metodologia.

Além disso, o design thinking não otimiza apenas produtos e serviços, é também um grande potencializador da cultura corporativa. 

Foi o que revelou um estudo realizado pela Universidade de Potsdam no qual 71% dos entrevistados afirmaram que o design thinking melhorou a cultura nas suas organizações, enquanto 69% acreditam que o método tornou os processos de inovação mais eficientes.

O que é e para que serve o design thinking

Apesar da sua ampla adoção, o design thinking é um conceito multifacetado que, em muitas empresas, ainda não foi explorado em todo o seu potencial.

Resumidamente, o design thinking é uma abordagem colaborativa para a resolução de problemas que coloca as necessidades e experiências humanas no centro do processo de criação:

Sua implementação envolve:

  • Empatia com os usuários; 
  • Definição do problema; 
  • Idealização de soluções potenciais; 
  • Prototipagem; 
  • E teste das soluções com base em feedbacks.

Esse método encontra aplicação em uma ampla gama de áreas e situações, destacando sua versatilidade e poder transformador. 

Além do contexto mais comum que envolve a criação de novos produtos, ele tem apoiado, por exemplo, em soluções para otimizar a aprendizagem de estudantes e até para melhorar a experiência de pacientes na área da saúde.

5 etapas fundamentais do design thinking

O processo de design thinking é cíclico e não linear, com cada estágio alimentando o próximo e muitas vezes exigindo um retorno aos estágios anteriores à medida que novas informações são coletadas. 

A seguir, vamos apresentar as 5 principais etapas desse processo:

  1. Imersão

Como o nome sugere, a etapa inicial propõe adentrar o mundo do usuário e fazer um mapeamento das oportunidades e pontos fracos e fortes a partir de diferentes perspectivas. 

Essa fase se baseia na empatia e compreensão máxima do ponto de vista do usuário sobre o problema.

  1. Análise

É o momento de sintetizar o que foi observado, organizando os dados e os apresentando visualmente para definir quais problemas devem ser solucionados. 

Essa etapa cria uma base fundamental para o desenvolvimento das soluções necessárias.  

  1. Ideação 

Neste passo do processo a criatividade deve ser estimulada ao máximo. 

Ou seja, com base na compreensão profunda dos problemas identificados, é o momento de produzir uma ampla gama de ideias e insights que possam dar suporte para as melhorias necessárias do projeto no qual o design thinking está sendo aplicado.

  1. Prototipagem

Depois da fase de brainstorming ou ideação, é preciso que o grupo envolvido selecione as mais viáveis para a prototipação. 

As soluções produzidas serão testadas e refinadas com base no feedback dos usuários a fim de identificar possíveis melhorias.

  1. Implementação

Uma vez que os protótipos tenham sido devidamente testados e refinados, é hora de implementar a solução final. 

A partir dos dados obtidos durante o teste, os ajustes finais são efetuados e a solução é lançada.

Ferramentas do Design Thinking

Dentro da metodologia do Design Thinking, como vimos, há uma série de etapas que sustentam esse método inovador.

Por sua vez, para alcançar tais etapas, há algumas ferramentas e processos bastante úteis:

  • Brainstorming: a “tempestade de ideias” está diretamente conectada à fase de ideação e pode ser conduzida por meio de dinâmicas, filmes ou livros que estimulem o processo.

Observação: o ideal é que as sessões de brainstorming tenham um número enxuto de participantes (geralmente, até 10 pessoas mais a figura do mediador ou líder).

Para organizar o processo, pode ser interessante a indicação de direcionamentos, como um número X de ideias por participante para cada problema, por exemplo.

  • Mapas: os mapas mentais e de empatia são outras ferramentas comuns no design thinking.  

Nos mapas mentais, as ideias do brainstorming são ramificadas, de modo que se alcance um nível maior de especificidade na atenção ao problema ou desafio de inovação. 

Já nos mapas de empatia o objetivo é responder questões-chave que podem melhorar a experiência do usuário de um produto. Dentre elas, podemos considerar:

  • Quais as dores do cliente?
  • O que ele deseja?
  • Quais são seus objetivos?
  • Storyboard: finalmente, o uso de storyboards – que constroem a representação visual de uma ideia – e são muito comuns no cinema e publicidade, podem ajudar as equipes a ter mais clareza sobre a jornada de um produto e como ele, de fato, apoia seus clientes.

Como aplicar o design thinking na sua empresa ou startup?

O design thinking costuma florescer em ambientes onde há uma cultura de colaboração, criatividade e inovação já estabelecida. 

As startups, por sua natureza inovadora, já são ambientes férteis para a aplicação do método. 

No entanto, a versatilidade do design thinking permite que seja implantado em qualquer empresa, com diferentes modelos de negócio e segmentos.

Nesse sentido, além de criar um ambiente propício à criatividade, no qual as pessoas se sintam à vontade para experimentar e gerar novas ideias, as empresas devem envolver no processo de design thinking diferentes departamentos, como marketing, vendas, produção e desenvolvimento.

Além do mais, investir em treinamentos para que os colaboradores aprendam a aplicar o método em suas rotinas é uma forma de semear o design thinking e fortalecer a cultura de inovação na organização.

Dentre os benefícios do design thinking, vale a pena citar:

  • A metodologia é flexível e adaptável a realidade de diferentes segmentos;
  • Estimula uma cultura colaborativa nos negócios;
  • Pode otimizar os processos de inovação nas empresas;
  • Potencializa o customer experience e a empatia com usuários;
  • Estimula a criatividade e, via de regra, parte de um custo baixo, podendo contribuir com retornos expressivos.

E agora que você já tem uma compreensão mais abrangente do que o design thinking pode proporcionar para o seu negócio, dê mais um passo e explore os conteúdos e insights.

Com nosso apoio – e por meio de metodologias como o design thinking – a inovação poderá se tornar um alicerce para o crescimento do seu negócio!