Confira entrevista com Klaus Gutierrez De Carli, Head de Operações Industriais na Vedacit-Baumgart, sobre as iniciativas da companhia na indústria 4.0
por
Klaus Gutierrez De Carli, head de operações industriais da Vedacit-Baumgart, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights Indústria 4.0, lançado em fevereiro de 2020. Durante a entrevista, ele comentou sobre as iniciativas da companhia no âmbito da indústria 4.0.
O estudo completo está disponível para download neste link.
Fundada em 1936, a Vedacit é uma empresa brasileira do Grupo Otto Baumgart que comercializa impermeabilizantes, aditivos para concretos e argamassas, contando com diversas unidades no Brasil e presença em vários países da América do Sul.
Graduado em Engenharia Mecânica pela Mackenzie, Klaus Gutierrez De Carli possui especializações na USP, Columbia University e Illinois Institute of Technology. Há mais de 12 anos atua na Vedacit-Baumgart e, desde 2019, é head de operações industriais da empresa.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:
Klaus Gutierrez De Carli (KC) – Enxergo algumas tendências principais na indústria, incluindo, por exemplo: o monitoramento online de equipamentos utilizando principalmente Internet das Coisas; a análise preditiva de falhas de equipamentos online; soluções de inteligência artificial; ferramentas de gestão online das linhas de produção (andons com posição de estoques, kanbans, sequenciamento de produção, setups, OEE e manutenções); inventários em tempo real dos armazéns e WIP (Work in Progress); setores produtivos sem intervenção humana; manutenção remota no cliente; substituição de mão de obra humana por robôs e sistemas de medição online.
KC – Nossas iniciativas industriais envolvem desde o uso de sistemas informatizados via tablet para manutenções com informação em tempo real até o controle de alguns equipamentos por monitoramento online do nível de tanques e células de carga, por exemplo.
KC – Pensando em oportunidades dentro da Vedacit, startups poderão atuar no aperfeiçoamento dos nossos controles de gestão, com ênfase em gerenciamento de linhas de produção e gestão de estoques. Além disso, no futuro, estamos estudando abrir possibilidades para possíveis automações nos âmbitos de fabricação e embalagem.
KC – O mercado de construção civil, em sua maior parte, ainda não passou pela revolução dos conceitos de indústria 4.0 e atua com métodos industriais tradicionais. O campo é vasto para essa exploração e estamos atrasados por não termos o payback dos investimentos. Além disso, no campo de aplicação, ainda são tímidas as novidades e não se enxerga um interesse agudo por parte da indústria. De nossa parte, o foco é contribuir mostrando as melhorias advindas de se investir em metodologias modernas e conceitos inovadores dentro do contexto da indústria.
KC – Através de workshops e feiras de tecnologia voltadas para a indústria brasileira. Startups podem apontar um caminho e eventos mais estruturados também. Hoje, no geral, as feiras de tecnologia estão bem descentralizadas e vazias no Brasil. Precisamos também de uma melhor competitividade nos preços dos projetos e soluções por parte dos fornecedores.
KC – Sim, atrasou muito, sobretudo porque diversos investimentos em tecnologia, que tem payback longo, foram postergados devido à crise. É possível reverter este cenário com tecnologias de baixo custo que oferecem retorno rápido, do ponto de vista financeiro e de produtividade.
Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Indústria 4.0!