No home office, autoconhecimento e inovação se cruzam para despertar reflexões sobre as adaptações do dia a dia de trabalho ao mundo digital.
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Estamos vivendo em um momento onde tudo é pra ontem. Tudo é digital, tudo é remoto, tudo é acelerado. No mundo dos negócios tradicionais, não é diferente. No mundo da inovação, também não. E no mundo pessoal? Bom, eu acredito que deveria ser diferente.
Meu nome é Fernanda Formicola, tenho 23 anos e em maio de 2021, tive minha primeira crise de ansiedade. Estamos vivendo uma pandemia há mais de um ano. Por isso não estamos convivendo mais nos coworkings e escritórios, nem vendo pessoas e colegas, nem conversando, nem tomando um café nos corredores.
Assim começamos as adaptações ao mundo digital. A fila do elevador virou o link do google meet. A cadeira da sala de reunião virou um quadradinho na tela. As discussões viraram a competição por quem abre o microfone primeiro. A foto com pose de jogador de futebol virou apenas o print da tela. O horário de almoço virou o momento de atualizar todos os e-mails, regar as plantas e cozinhar. O compartilhamento de ideias virou “tá vendo minha tela?”.
Mesmo com todos os esforços de adaptação ao digital, ainda não encontramos substitutos para as coisas que mais fazem falta, como o toque humano, o abraço e a cerveja depois do trabalho. E eu, sinceramente, espero que esse momento não chegue.
Muitas vezes falamos a famosa frase de efeito “inovação é sobre pessoas”. Vale lembrar que sim, empresas são feitas por pessoas. Sem as pessoas, não chegamos em resultado algum. É por isso que estou escrevendo sobre autoconhecimento.
Talvez seja uma relação que só eu consigo ver, e foi uma forma de fazer um título que chamasse atenção. Ou, talvez, realmente faça sentido. Basta uma pesquisa rápida no Google para descobrir como o home office está afetando a saúde mental das pessoas: “aumento de problemas físicos e mentais”, “mais de 60% estão estressados com o trabalho em casa”, “equilíbrio entre qualidade de vida e trabalho piorou”. Essas são só algumas manchetes encontradas, tenho a sensação de que o cenário é bem assustador.
Estou escrevendo tudo isso como uma forma de mobilização. Mobilizar o coração de todas as pessoas para entenderem a importância de nos reconhecermos como seres humanos. Seres que sentem, que pensam, que criam, que sofrem, e que também passam por muitas alegrias. E eu diria que tudo isso pode ser resumido com um ato: o de comunicar. Quando somos capazes de nos comunicar, nos abrimos. Nos disponibilizamos. Nos expomos. E talvez é isso que estou sentindo falta ultimamente. De uma comunicação realmente honesta, com sentimentos, humanizada.
Acredito que, quando trabalhamos nosso autoconhecimento, vai muito além de saber o que nos faz feliz ou tristes, a melhor hora de acordar ou de ir dormir. Nos permite também acessar nossos pensamentos, nossas palavras e, o mais importante, nossos sentimentos. E quando somos capazes de comunicar o que sentimos, nos conectamos. Nos conectamos com nós mesmos(as) e com todos e todas ao nosso redor. Quando permitimos a comunicação com o coração, abrimos espaço para o novo, para o conhecimento, para a conexão. E eu nunca imaginei que, em um mundo 100% digital, o que eu mais sentiria falta seria a conexão entre as pessoas.
O que eu quero dizer com tudo isso? Não só que estamos vivendo em um mundo super digitalizado, onde sabemos que tudo muda da noite pro dia. E do dia pra noite. Mas que o meu corpo me pediu pra parar. E eu torço pra que sua consciência seja mais rápida que o meu corpo foi, e não chegue a esse ponto.
Tenho conversado com muitas pessoas a respeito desse tema ultimamente e, felizmente, observei diversas iniciativas voltadas ao autocuidado e inteligência emocional. Por isso, gostaria de aproveitar esse espaço para ouvir de vocês: o que está sendo feito ao seu redor, ou qual foi a iniciativa que mais te tocou, para deixar esse momento menos pesado? Vamos aproveitar a força da internet para espalhar boas ideias e passar por isso!
A Liga Ventures é uma plataforma de inovação aberta, que conecta empresas e startups a fim de potencializar interações e gerar novos negócios. Criada em 2015 é pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate venture. Ao longo dos anos, auxiliou na implementação de estratégia de inovação aberta nos principais players de diversos setores do mercado brasileiro, tais como Porto Seguro, Banco do Brasil, e Unilever. Em seu portfólio, soma mais de 250 startups aceleradas e mais de 450 projetos realizados entre essas e grandes corporações. Também conta com o Liga Insights, iniciativa de pesquisa e inteligência de mercado, cujo objetivo é mapear tendências e startups que estão inovando nos mais variados setores. Já são mais de 25 estudos, em temas como de AutoTech, Retail, HR Techs, EdTechs, entre outros.