O termo “inovação” não é nenhuma novidade no cenário empresarial, entenda como colocar em prática na sua corporação.
por
O termo “inovação” não é nenhuma novidade no cenário empresarial, sendo uma prática inerente à evolução dos negócios ao longo do tempo. Porém, desde o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, cada vez mais esta palavra veio ganhando relevância nas discussões do mercado, se tornando até um motivador de valorização das empresas.
Pelo nosso ponto de vista, uma convergência de fatores é responsável por esse ganho de força nesta pauta, mas todos eles motivados pelo avanço de uma alavanca chamada tecnologia da informação e sua democratização.
Para não ampliar muito o espectro de análise neste texto, vou focar somente nos desdobramentos que esta alavanca e que esta pauta estão causando nas organizações em termos de cultura, gente e desenvolvimento humano.
Você já deve ter ouvido falar (ou lido), principalmente nos últimos tempos, o adjetivo “Exponencial”. Por definição, exponencial é uma função matemática onde um determinado fator ou número é elevado a outro repetida vezes, resultando em uma curva de crescimento rápido e muito acentuada.
Pois bem, de uma forma não só matemática, mas também filosófica, a tecnologia da informação criou ambientes e oportunidades capacidades exponenciais, inclusive reinventando a si própria no sentido de se tornar democrática, disponível e possível de se aprender, até por conta própria.
Daí deste contexto, milhões de pessoas passaram a ter, mais próximas de si, a capacidade de inovar, criar e desenvolver, seja para um objetivo externo ou interno, para resolver suas dores ou a dos outros, e até criar novos modelos e mercados, gerando um efeito exponencial.
Passados aproximadamente 20 ou 30 anos do início deste processo, hoje, nossa capacidade de resolver problemas é muito maior e rápida do que ontem, e será menor do que amanhã, pois a curva continuará a subir acentuadamente, agregando novas competências e novos entendimentos de mercados existentes e novos que ainda não são considerados hoje.
Diante deste contexto em que estamos vivendo, a velocidade de entendimento dos fatos e movimentos, e a capacidade de entendê-los, resolver questões e prever cenários futuros se tornou uma condição necessária para o desenvolvimento dos negócios.
Segundo um estudo produzido pela Innosight, a expectativa de vida de uma empresa reduziu em mais de 50% quando comparado com a década de 70 aos dias atuais. Em outras palavras, uma companhia que nasceu em 2022 tem uma expectativa de vida entre 15-20 anos, conforme vocês podem observar no gráfico abaixo.
Mais uma vez, essa dinâmica se acelerou também motivada pela “Era da Informação” em que vivemos, onde o poder de entendimento e resolução de uma demanda se tornou ainda mais possível para novos entrantes e em um mercado cada vez mais dinâmico em termos de vontades, propósitos e prioridades.
A resposta para aumentar a longevidade? Inovar rápido.
Para isso, de uma forma bem simplista, a sua empresa é capaz de mexer em duas variáveis:
Vamos continuar, agora dando mais foco às pessoas envolvidas nestas frentes.
Em um cenário com tamanho dinamismo e com diversas oportunidades, mas também ameaças, a resposta precisa ser dada de forma estrutural e constante.
Infelizmente, ou felizmente para os bons praticantes, a inovação não pode ser tratada como uma iniciativa pontual que por efeitos diversos e não controlados, vão gerar um resultado impactante. Inovação é hábito e exige processo, continuidade e dedicação de recursos – humano, de tempo e financeiro.
Desta forma, você consegue estimular o ambiente a criar uma onda favorável ao sucesso de uma tentativa, e não a matar ideias no ninho ou desestimular a organização por fazer que os inovadores se sintam “pregando no deserto” ou “cavaleiros solitários”.
Uma boa cultura de inovação é aquela capaz de criar “Indianas Jones e Laras Croft”, motivados por resolver os desafios e irem até o final destas jornadas de inovação. Uma organização inovadora é aquela que tem uma boa cultura de inovação e que disponibiliza ferramentas para que as inovações aconteçam.
Tendo em vista a dedicação humana e a resposta estratégica necessária a este novo cenário, uma das principais chaves neste momento para se colher bons resultados é possibilitar que na sua empresa, o ambiente, a cultura e as práticas / metas tenham como premissa a inovação.
Para finalizar essa reflexão com vocês, a esta altura já ficou claro que a Inovação trata de pessoas e o quanto eu (empresa) as potencializo para serem inovadoras, como uma prática e uma competência contínua e necessária para o desenvolvimento organizacional e de mercado.
Encarando os fatos, precisamos então que nossas empresas abram os caminhos necessários, tanto internos quanto externos, que irão passar necessariamente por pessoas e lideranças, responsáveis por validar ou legitimar uma eventual mudança.
Em 2019-20, nosso time de Insights da Liga Ventures conduziu uma pesquisa com mais de 600 colaboradores de empresas de diversos portes, em parceria com a Gupy, com o objetivo de mapear como a inovação era percebida e praticada no dia a dia das diversas áreas.
Como resultado, verificamos:
E como esperar que o resultado seja o esperado de uma empresa inovadora? Preparando e munindo estas pessoas e lideranças com os recursos e conhecimentos necessários para serem catalisadores (lembrem-se do dinamismo e da exponencialidade do mercado) da inovação – as Embaixadoras e Embaixadores da Inovação.
Quanto mais gente espalhada dentro da organização, sendo capaz de convergir, ouvir, amplificar e direcionar a inovação, maior a probabilidade de sucesso nos avanços internos e externos que sua empresa pode e precisa ter. Aqui também é uma questão matemática.
Por isso, nestes 7 anos de atuação neste segmento, nós da Liga Ventures conseguimos observar e sintetizar as melhores práticas para que as Embaixadoras e Embaixadores possam performar como agentes de transformação e inovação dentro das organizações, criando um programa de formação estruturado que passa pelos seguintes módulos:
É importante ressaltar que a metodologia do curso parte da aprendizagem ativa, o que significa que durante todos os módulos mesclamos mecanismos como painéis, debates, apresentação de cases e atividades práticas para complementar a tradicional aprendizagem passiva de sala de aula.
Para conhecer nosso programa de intraempreendedorismo, basta clicar aqui.
Espero que a leitura e a reflexão tenham sido proveitosas e que isso se reflita também em boas conversas e ações para que a sua organização se torne ainda mais inovadora.
Artigo escrito por: Raphael Augusto, sócio-diretor da Liga Ventures
LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/rhaugusto/