Os departamentos logísticos precisam auxiliar as companhias, no sentido de mitigar os impactos econômicos e sanitários durante a crise, possibilitando a continuidade das atividades das empresas dentro dos limites da lei e levando em conta a mudança dos hábitos de consumo dos clientes neste contexto de quarentena e isolamento social.
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Por: Joseph Henry / Diretor de Supply Chain B2C da Leroy Merlin
Se o cenário atual de busca pelo controle da pandemia do coronavírus traz desafios gerais envolvendo a conscientização sobre os cuidados com saúde, higiene e respeito ao próximo – prioridades centrais da Leroy Merlin neste contexto – para a sociedade e para o mercado brasileiro e global como um todo, por sua vez, ao pensarmos de modo mais minucioso nos departamentos de uma empresa, temos questões específicas que devem ser enfrentadas com eficiência por cada área, tanto que para que o momento atual seja superado com sucesso pelas organizações, quanto para que sejam desenhadas ações coerentes com as possíveis transformações do ecossistema de negócios em um horizonte pós-COVID-19.
É o caso, por exemplo, dos departamentos logísticos, que precisam auxiliar as companhias, no sentido de mitigar os impactos econômicos e sanitários durante a crise, possibilitando a continuidade das atividades das empresas dentro dos limites da lei e levando em conta a mudança dos hábitos de consumo dos clientes neste contexto de quarentena e isolamento social. Levando em conta o comércio relacionado a construção civil, mesmo com esta atividade sendo considerada essencial pelos governos estaduais, tivemos um esperado movimento de aumento das compras digitais, em contraposição a uma redução do fluxo de consumidores nas lojas físicas.
Para atender a este novo cenário, sabíamos que a Leroy Merlin, possivelmente, estava mais preparada, pois apostamos, desde o início, no modelo logístico ship from store (que utiliza o estoque das lojas físicas para as entregas das compras digitais, ao invés de estar focado, somente nos centros de distribuição), que traz agilidade e flexibilidade para as operações, uma vez que é muito mais complexo ampliar a capacidade de distribuição ou mesmo construir novos CDs em um curto espaço de tempo. Neste sentido, aumentamos o número de lojas-estoque para atender ao ship from store. Em São Paulo, por exemplo tínhamos 3 lojas e agora temos 5 unidades que mais que duplicaram nossa capacidade de produção de entregas digitais. Além disso, aceleramos nossa capacidade de produção nas lojas, aumentando em até cinco vezes nossas linhas de produção.
Do lado da tecnologia, fortalecemos as parcerias com startups, ajudando e suportando empresas mais frágeis neste contexto, incluindo o desenvolvimento de uma ferramenta de gestão omnichannel com a Logstore que passou a ser utilizada em uma série de unidade da Leroy Merlin; a ampliação do frete expresso, que contou com o apoio de startups como a Loggi e a Levoo e que deve chegar a todas as capitais dos estados brasileiros em que a Leroy Merlin atua, até o final de abril; além da ampliação do uso de Lockers, que possibilita uma retirada 100% autônoma por parte do cliente, através de uma parceria com a startup Newpost.
Todas estas ações estão sendo desenhadas em conjunto com o acompanhamento da evolução das mudanças no perfil de consumo da sociedade. Sabemos que, após a superação da pandemia, teremos clientes que devem se comportar de modo diverso em relação ao momento atual, e também em relação ao momento anterior a crise do coronavírus. Neste sentido, precisamos de agilidade e sensibilidade para entender o mercado, se adaptar e responder às expectativas do consumidor, que tem tudo para absorver as compras digitais, de modo mais amplo, como parte de suas rotinas de consumo.
Por fim, sempre que possível, vale a pena fortalecer a relação com seus fornecedores e parceiros, de modo a estimular o fortalecimento da economia do país para que, juntos, possamos superar a crise e absorver lições para o futuro!
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Sobre o Follow-On:
Com uma rede que já conta com mais de 90 parceiros, o Follow-on é uma iniciativa organizada pela Liga Ventures que tem como objetivo reforçar a crença no ambiente empreendedor e de inovação do Brasil diante do cenário atual. O Follow-on quer contribuir para a discussão de uma Agenda Positiva de retomada, pautando as ações de inovação com startups como algo fundamental também em momentos de crise. A nossa rede está organizando uma série de apresentações de pitches de startups, conteúdos especiais, painéis com especialistas, cases estruturados, artigos de opinião, entre outros formatos para que possamos fundamentar ainda mais nossas decisões para uma Agenda Positiva de retomada.
Sobre a Liga Ventures:
Criada em 2015, a Liga Ventures é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate venture, com parceiros como Porto Seguro, GPA, Banco do Brasil, Brink’s, Embraer, Mercedes-Benz, TIVIT, Saint-Gobain, Unilever, Vedacit, Souza Cruz, Suvinil, Bauducco, Ferrero, Colgate-Palmolive, Unimed FESP e Sodexo. A Liga também já acelerou mais de 200 startups nos ciclos de aceleração e criou mais de 25 estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando nos setores de AutoTech, Retail, Tecnologias Emergentes, HR Techs, Health Techs, IT, Real Estate, Food Techs, MarTechs, AgroTechs, EdTechs, entre outros.