15 de janeiro de 2025
CasesConfira o desenvolvimento de uma abordagem de cuidado integrado, buscando implementar uma visão 360° e melhorando a jornada do paciente.
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Uma cooperativa de saúde, responsável por mais de 500 mil beneficiários, tem uma longa história de integração das cooperativas médicas no estado de São Paulo.
Com a inovação no DNA, essa cooperativa tem buscado soluções tecnológicas que melhorem os processos e agreguem valor às suas associadas, conectando-se com o ecossistema de inovação por meio de estratégias de inovação aberta.
Um dos projetos que ilustra essa abordagem é o desenvolvimento de uma ferramenta para promover o cuidado integrado do paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), oferecendo uma visão 360° da jornada do paciente.
Dividida em três fases — levantamento de desafios, processo seletivo de startups e aceleração de projetos — a atuação da Liga foi crucial para o desenvolvimento do projeto.
Na terceira rodada do Conexão Vitall, programa da cooperativa em parceria com a Liga, 47 desafios foram identificados em um workshop de imersão com o Comitê de Inovação.
Desses, quatro foram priorizados, incluindo o cuidado integrado de pacientes com TEA.
A cooperativa enfrenta desafios significativos no atendimento a pacientes que requerem terapias especializadas, como os indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O cuidado nesses casos demanda uma abordagem contínua e coordenada, frequentemente prejudicada pela fragmentação dos serviços de saúde.
Um dos principais obstáculos é a ausência de uma visão abrangente de 360º do paciente, abrangendo todos os profissionais e responsáveis envolvidos em seu tratamento.
Essa falta de integração impede a adoção de uma abordagem holística, essencial para a gestão eficaz de condições complexas como o TEA. Além disso, a ausência de informações integradas e os obstáculos para coordenar o atendimento de forma eficiente resultam em uma prestação de serviços que não atende plenamente às necessidades dos pacientes.
A ausência de dados precisos e detalhados também dificulta a auditoria dos serviços prestados, impactando negativamente a capacidade de ajustar e melhorar continuamente os serviços.
A ODAPP, startup selecionada para enfrentar esse desafio, possui uma plataforma de gestão e coleta de dados para o tratamento de crianças com autismo e outras condições neurodivergentes.
A plataforma permite a visualização de dados de desempenho do paciente, armazenamento de protocolos e materiais de tratamento, agendamento de atendimentos, gerenciamento da equipe clínica e acesso a relatórios detalhados.
O objetivo do projeto foi implementar uma solução que promovesse uma visão 360° do desenvolvimento do paciente, abrangendo todos os profissionais envolvidos no tratamento da criança e centralizando as informações relevantes em um único lugar, permitindo, assim, uma jornada de cuidado integrada.
O escopo do projeto incluiu testar a plataforma da startup em seu formato atual para promover a comunicação entre os profissionais da rede de cuidado e garantir um melhor acompanhamento do beneficiário.
Foram utilizadas funcionalidades como registros em programas de ensino, folhas de evolução, anamneses e prescrições, agenda, pasta do paciente e relatórios.
O objetivo foi avaliar a eficácia da plataforma em proporcionar uma visão integrada e abrangente do cuidado ao paciente.
Essa solução geraria uma série de impactos positivos para o Núcleo de Atenção à Saúde (NAS) da cooperativa, para as clínicas de terapias especiais, para os médicos, cuidadores e os próprios beneficiários, que teriam um cuidado mais eficiente e coordenado.
A PoC (Prova de Conceito) envolveu uma clínica voluntária com um paciente da cooperativa e uma equipe de 10 profissionais de cuidado e um supervisor responsável.
Durante 11 semanas, foram registrados 97 registros de evolução e 387 coletas em programas de ensino, com uma satisfação de 75% em relação ao treinamento para o uso da plataforma.
Durante o projeto, foram enfrentadas barreiras significativas na promoção da comunicação entre os profissionais envolvidos no cuidado dos pacientes. Como resultado, adquirimos aprendizados importantes sobre a rede de cuidados para pacientes com TEA, o que destacou a relevância de uma comunicação eficaz entre todas as partes envolvidas, especialmente clínicas e médicos.
Para que essa abordagem seja bem-sucedida, é essencial que todos compreendam claramente o valor que o cuidado integrado pode oferecer.
Também ficou evidente a importância de aprimorar a visualização dos dados globais para os diferentes perfis de usuários da plataforma (operadora, família, médicos e clínicas) para facilitar uma gestão mais integrada e eficiente do cuidado.
A colaboração entre a cooperativa de saúde e a ODAPP demonstra como a inovação aberta traz aprendizados significativos e que podem ser importantes para melhorar a jornada do paciente e a eficiência dos serviços de saúde.
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4 de dezembro de 2024
Cases
