Descubra como integrar Corporate Venture Capital à estratégia de inovação da sua empresa, alinhando objetivos estratégicos.
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No cenário empresarial atual, a inovação deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade estratégica.
Durante o episódio do Liga Talks, Daniel Grossi, co-founder da Liga Ventures, apresentou insights valiosos sobre como o Corporate Venture Capital (CVC) pode ser um motor essencial para impulsionar a estratégia de inovação das grandes empresas.
Ele destacou o papel dos investimentos em startups como um pilar nessa jornada, especialmente em tempos de incerteza econômica.
As grandes corporações precisam integrar a inovação como parte central de suas estratégias de crescimento. Durante o vídeo, Daniel destacou que a Liga Ventures utiliza dados e tecnologia para guiar as empresas em seus investimentos, garantindo que eles estejam alinhados com objetivos estratégicos.
Essa abordagem é ainda mais relevante diante das dinâmicas do mercado, que experimentou um boom em 2021, seguido por um período de ajustes.
A pandemia foi um divisor de águas nesse processo. O choque inicial foi rapidamente substituído por uma corrida pela digitalização, que acelerou o ecossistema de startups.
No entanto, com a estabilização do mercado, investidores e corporações tiveram que adotar uma postura mais cautelosa, priorizando fundamentos sólidos e sustentabilidade financeira.
Investir em startups pode ser especialmente vantajoso em momentos de incerteza econômica.
Apesar dos desafios atuais, o mercado oferece boas oportunidades para investidores estratégicos, graças à correção de valuations.
O segredo está em alinhar os investimentos com os objetivos corporativos de longo prazo, entendendo que a inovação deve ser uma extensão natural da estratégia da empresa.
Ele também alertou sobre os riscos e responsabilidades associados à participação societária em startups. Em muitos casos, testar soluções de maneira mais flexível, sem a necessidade de adquirir participação acionária, pode ser uma estratégia eficiente.
Essa abordagem permite que as corporações realizem múltiplos projetos simultaneamente, ampliando as chances de sucesso e minimizando os riscos financeiros.
Daniel trouxe exemplos práticos para ilustrar como investimentos estratégicos podem gerar resultados positivos.
A Lemon, startup investida pela Ambev, ampliou o alcance da empresa e reduziu dependências externas, além de oferecer retornos financeiros significativos. Outro exemplo é o da Uello, investida pelo CVC da BAT e posteriormente adquirido pela Renner, que fortaleceu a digitalização e a eficiência logística da companhia.
Esses casos mostram como as corporações podem integrar startups ao seu core business de maneira estratégica, alcançando tanto benefícios operacionais quanto financeiros.
No entanto, é importante entender que o ciclo de vida de um investimento em startups é longo, geralmente de 10 anos, e exige paciência para amadurecer as iniciativas e gerar retornos.
Um ponto central do episódio foi a distinção entre venture capital tradicional e corporate venture capital.
Enquanto o primeiro busca exclusivamente retorno financeiro, o segundo traz também o foco em resultados estratégicos que fortaleçam o negócio principal da corporação.
Essa diferença é crucial para moldar a abordagem de investimento e garantir que ela esteja alinhada aos objetivos da empresa.
Daniel também destacou a importância de construir um portfólio diversificado de startups, permitindo que a empresa aprenda com os erros e acertos do mercado.
Essa estratégia reduz riscos e amplia as chances de identificar soluções inovadoras que podem transformar o futuro do negócio.
Outro aspecto abordado foi a governança nos investimentos em startups. Muitas corporações optam por estruturas flexíveis, como o uso de Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que oferecem vantagens tributárias e maior agilidade.
Além disso, a criação de entidades separadas para gerenciar investimentos permite uma governança mais dedicada, protegendo a empresa-mãe de possíveis riscos.
A autonomia nas decisões de investimento também foi destacada como um fator-chave para o sucesso.
Empresas que conseguem aproveitar oportunidades rapidamente, sem os entraves burocráticos típicos do venture capital tradicional, estão em posição de obter melhores resultados.
Por fim, Daniel enfatizou a importância de entender o ecossistema antes de realizar investimentos significativos.
Rodar projetos com startups e construir relacionamentos estratégicos pode ser um primeiro passo valioso para evitar erros e maximizar os acertos.
Ele também sugeriu que as empresas colaborem com corporações mais experientes no mercado de CVC, aprendendo com seus processos e acelerando o próprio aprendizado.
Essa troca de experiências é fundamental para desenvolver uma estratégia de inovação robusta e bem-sucedida.
Integrar CVC e investimentos na estratégia de inovação não é apenas uma questão de explorar novas oportunidades, mas de moldar o futuro da corporação.
Com uma abordagem estratégica, flexível e bem fundamentada, as empresas podem não apenas sobreviver, mas prosperar em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.
Quer saber mais sobre como CVC pode transformar a estratégia de inovação da sua empresa? Assista ao episódio completo do Liga Talks e explore insights exclusivos com Daniel Grossi!