12 de setembro de 2022 Artigos

A diversidade que nos fortalece: O papel da inclusão e diversidade na retomada positiva

São em momento de crise que tópicos como inclusão e diversidade são deixados de lado, categorizados como gastos não essenciais.

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ARTIGO DE OPINIÃO

Por: Mariana Pezarini / COO da PrograMaria

Não é preciso descrever o estado em que nos encontramos. O volume de informação é avassalador e todos reconhecem que passamos por um momento sem precedentes. A Covid-19 é sem dúvida a pior crise sanitária, econômica e social dos últimos 100 anos. Mas, como eu disse, não é preciso descrever o estado em que nos encontramos.

Na esfera econômica, social, profissional e pessoal, o isolamento é um remédio amargo para todos, mas necessário como nunca. A partir disso, supomos como certa a flexibilização de tudo o que antes era tido como importante e necessário. A necessidade de mudança é latente e o mercado, que já sente há alguns anos a urgência da revisão de “verdades imutáveis”, pede das empresas uma posição. 

Mas, o que segue incontestavelmente importante, apesar desse contexto cinematográfico em que vivemos?

A resposta é simples: as pessoas. 

Uma empresa, como um corpo humano, pode ser desconstruída até suas mínimas estruturas. Antes de fazer parte de um todo, cada ser humano presente na sua empresa é uma peça chave e fundamental para o funcionamento do sistema. Em momentos difíceis como o que vivemos, o reconhecimento deve perpassar a barreira do posicionamento e se fazer ação. Hoje, mais do que nunca, é preciso que as empresas tomem uma posição a favor da vida e da sociedade – das quais elas, incessantemente, se valem. Reconhecer essa dependência é o primeiro passo para tomar as decisões mais acertadas e proteger o que realmente importa.

São em momento de crise que tópicos como inclusão e diversidade são deixados de lado, categorizados como gastos não essenciais. Essa mentalidade de “esforço mal empregado” é deslocada da realidade – há anos, consultorias sérias como a McKinsey relatam que há uma correlação clara entre diversidade étnica e de gênero e lucratividade nas empresas. Mas se já era um diferencial em tempos de prosperidade, por que esperar que isso mude agora?

Porque são ações como essas que vão garantir as condições de trabalho e performance e que vão fazer com que as empresas passem por esse momento mais fortes. É um fato: todos teremos que passar por isso. O que vai diferenciar as marcas e empresas neste momento é o seu caminho – e se elas saíram maiores ou menores dele, em todos os sentidos.

De acordo com um relatório da Forbes Insights, empresas mais diversas e que mantêm políticas inclusivas são mais inovadoras e mais competitivas em relação ao mercado, tratando-se de um componentes-chave de crescimento. São ações como essas que desenvolvem times coesos, acolhedores e colaborativos, e são esses times que fazem com que a empresa passe por momentos de crise.

O reconhecimento da importância de todos os stakeholders da cadeia e as ações acopladas a esse reconhecimento serão a linha divisória entre as grandes marcas do futuro – grandes em sua reputação e alcance, maiores ainda em sua visão de mundo. 

É importante que uma coisa se faça clara: voltaremos para um normal bastante diferente do que tínhamos antes. E estabelecer essa linha de verdade é uma das bases para que a retomada econômica seja bem sucedida.

Não podemos esperar que a tecnologia apenas mude as coisas – ela pautará nossos relacionamentos futuros, inclusive (e quase que especialmente) os de trabalho. Nesse novo contexto, o próprio sistema será repensado. Como as empresas responderem hoje vai ditar sua reputação nos próximos anos, pois é em momentos de crise que estabelecemos os vínculos mais fortes, o que certamente pode ser aplicado às marcas.

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Sobre o Follow-On:

Com uma rede que já conta com mais de 90 parceiros, o Follow-on é uma iniciativa organizada pela Liga Ventures que tem como objetivo reforçar a crença no ambiente empreendedor e de inovação do Brasil diante do cenário atual. O Follow-on quer contribuir para a discussão de uma Agenda Positiva de retomada, pautando as ações de inovação com startups como algo fundamental também em momentos de crise. A nossa rede está organizando uma série de apresentações de pitches de startups, conteúdos especiais, painéis com especialistas, cases estruturados, artigos de opinião, entre outros formatos para que possamos fundamentar ainda mais nossas decisões para uma Agenda Positiva de retomada.

Sobre a Liga Ventures:

Criada em 2015, a Liga Ventures é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate venture, com parceiros como Porto Seguro, GPA, Banco do Brasil, Brink’s, Embraer, Mercedes-Benz, TIVIT, Saint-Gobain, Unilever, Vedacit, Souza Cruz, Suvinil, Bauducco, Ferrero, Colgate-Palmolive, Unimed FESP e Sodexo. A Liga também já acelerou mais de 200 startups nos ciclos de aceleração e criou mais de 25 estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando nos setores de AutoTech, Retail, Tecnologias Emergentes, HR Techs, Health Techs, IT, Real Estate, Food Techs, MarTechs, AgroTechs, EdTechs, entre outros.

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